Manuel Jorge Marmelo nasceu e vive na cidade do Porto.
Estreou-se na Literatura em 1996 com o livro O homem que julgou morrer de amor/O casal virtual, objecto de uma reedição revista em 2006.
Autor de romances, novelas, crónicas, teatro, contos e livros infantis, conquistou em 2005 o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com a colectânea O Silêncio de um Homem Só; e, em 2014, o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas com o romance Uma Mentira Mil Vezes Repetida, publicado em 2011.
O romance O Tempo Morto É Um Bom Lugar , de 2014, foi um dos três finalistas do Livro do Ano da Time Out Lisboa.
Traduzido na Alemanha, em Espanha e em Itália, Manuel Jorge Marmelo participou também em inúmeras colectâneas em Portugal, Espanha, Brasil, México, França ou Itália, destacando-se a presença do conto “O Silêncio de um Homem Só” no livro Best European Fiction 2015, da Dalkey Archive Press.
Em 2003 publicou o seu primeiro livro infantil, A Menina Gigante, escrito em parceria com a sua filha, Maria Miguel Marmelo, o qual integrou a lista de obras sugeridas pelo Plano Nacional de Leitura. Ao longo dos anos, o Plano Nacional de Leitura incluiu outras obras do autor, como os romances Somos Todos Um Bocado Ciganos, de 2012, e Macaco Infinito, de 2016.
Em 2020 publicou o romance Tropel e, em 2022, A Última Curva do Caminho.
Após a falência da editora Campo das Letras e da decisão unilateral da Quetzal Editores de destruir todos os livros do autor existentes em armazém, a sua obra passou a estar quase totalmente indisponível.
fotografia de Alfredo Cunha
BIBLIOGRAFIA COMPLETA
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O homem que julgou morrer de amor – 1996
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Portugués, guapo y matador – 1997
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Nome de tango – 1998
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As mulheres deviam vir com livro de instruções – 1999
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O amor é para os parvos – 2000
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Sertão dourado – 2001
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Paixões & embirrações – 2002
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Oito cidades e uma carta de amor – 2003
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A menina gigante – 2003
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Os fantasmas de Pessoa – 2004
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O Silêncio de um homem só – 2004
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O peixe Baltazar - 2005
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Os olhos do homem que chorava no rio – 2005
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Porto: Orgulho e Ressentimento – 2006
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Aonde o Vento me Levar – 2007
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As sereias do Mindelo - 2008
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Uma Mentira Mil Vezes Repetida - 2011
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Somos todos um Bocado Ciganos - 2012
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Zero à esquerda - 2013
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Crónicas do autocarro - 2013
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O Tempo Morto é Um Bom Lugar - 2014
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A Guerra Nunca Acaba - 2014
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Infância é a vida toda - 2014
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Macaco Infinito - 2016
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Verbetes para um dicionário afetivo - 2016
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Tropel - 2020
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A última curva do caminho - 2022
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Cibergramas da Baviera - 2023
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Suporte Básico de Vida - 2024
Biografia
CRÍTICAS
"Surpreendente e magnífico livro".
Fernando Alves, TSF
"Um romance lúcido, virtuosamente escrito, sobre o envelhecimento, a eutanásia, a vida vivida à lenta escala humana fintada pelas inteligências artificiais do futuro".
Revista Visão
"Um bom regresso. A Última Curva do Caminho confirma Manuel Jorge Marmelo como autor com grande domínio técnico e controlo de mão. (...) É o seu domínio técnico que lhe permite atingir pujança e candura, à vez, assim como o mergulho lento num lugar qualquer – regra geral, nos escombros da memória".
Ana Bárbara Pedrosa, Observador
"Neste trabalho de arqueologia da memória confluem as mais variadas temáticas: a passagem do tempo, a vivência do instante, a erosão da memória, a solidão, o arrependimento do que não se viveu, a doença, a velhice".
Paulo Nóbrega Serra, Colóquio Letras
"E agora? Escrever ou morrer?"
Mário Santos, suplemento Ípsilon do jornal Público
"Admirável novo romance de Manuel Jorge Marmelo".
Fernando Alves, Sinais, TSF
"Uma reflexão sobre o tempo e o agigantar aparente da sua velocidade".
Sara Figueiredo Costa, revista Blimunda
"Algumas personagens são inesquecíveis: Henrique Damião Coelho, o Cricas, o Quim pila de ouro, o Tronquinhas, o Fura Pitos, cada um deles a viver situações que nos prendem à narrativa e nos divertem e enternecem".
Maria Carneiro, Página 1Um
"Assim, ziguezagueando a narrativa no tempo, não há como ignorar que a prosa é sólida e cuidada. Corre devagar pelas páginas e o leitor segue-lhe a corrente, sabendo que, mais do que a história do caminho de A a B, A Última Curva do Caminho é um ponto de observação".
Ana Bárbara Pedrosa, Observador
"No final deste livro-manifesto, talvez o desejo maior de cada um se torne, com o passar dos dias, este: Ser pó das estrelas. (…) Poeira de uma nebulosa que já morreu. Até lá, é ir cantando e dançando a vida.
Pedro Miguel Silva, Deus Me Livro
"Este é um romance cru, visceral, que se veste de alegoria, retrato ameaçadoramente próximo de uma atualidade que muitos continuarão a negar e que o autor intenta despertar, pela sátira, pela ironia, deixando o desconcerto instalar-se no leitor e instando-o às suas próprias conclusões. Tropel é, certamente, um dos melhores livros do ano".
Paulo Nóbrega Serra, Colóquio Letras
"Um dos grandes romances do ano já foi escrito e chama-se Tropel"
João Céu e Silva, Diário de Notícias
"Ler este livro poderoso até ao fim faz do leitor que sou caçador de mim"
Fernando Alves, TSF
"O poder narrativo de Marmelo é de tal ordem devastador que Tropel não se compadece com uma leitura apressada ou descomprometida".
Valdemar Cruz, Expresso
"Portentoso regresso (...) Um soco nos dentes para acordar quem ainda estiver a dormir"
Helena Teixeira da Silva, Jornal de Notícias
"Tropel é daquelas obras que interpelam directamente o leitor, mostrando o absurdo que nos chega a casa embrulhado em forma de notícias e distância".
Luís Ricardo Duarte, Jornal de Letras
"Um dos autores que melhor escreve na língua da ficção portuguesa, regressa com Tropel, história do ódio nos tempos presentes - e da violência, e do descontentamento. Belo regresso".
Francisco José Viegas, Correio da Manhã
"Tropel, este livro de Manuel Jorge Marmelo, encosta-nos à parede do horror quotidiano já ali ao virar da esquina. É um livro rude e desapiedado, um livro zangado com os dias, com o que nem sempre abre telejornais mas fica cosido à nossa consciência do mundo, mesmo se, dela, alijamos a carga. É um livro que não dá ao leitor folga para respirar".
Fernando Alves, TSF
"A trágica realidade dos refugiados exemplarmente alegorizada num dos melhores livros do autor".
Mário Santos, suplemento Ípsilon do jornal Público
"Tropel (...) demonstra mais uma vez a capacidade deste autor em criar narrativas apelativas, escritas de forma extremamente fluída, onde a intensidade das personagens e do seu devir substituem qualquer arquitectura intrincada de relações ou um discurso apoiado num vocabulário hermético".
João Morales, blogue BranMorrighan
"Desconcertante e incómodo. (...) Este é sobretudo um belíssimo retrato de miséria em todas as suas formas e sentidos.
Marta Gonçalves, Expresso
Mais informações no blogue https://tropel-livro.blogspot.com
Através de uma parábola — onde não se poupa a dureza — Manuel Jorge Marmelo prossegue as suas invenções literárias sobre o 'livro por vir' (…), ao mesmo tempo que dá corpo a uma visão assaz crítica sobre o mundo. (…) Um romance perturbadoramente actual"
João Morales, Time Out
Uma alegoria mais política, com a Europa enclausurada num bordel. Linguagem nua e crua para uma realidade que arde, todos os dias, nos corredores da política de Bruxelas e em tantas praias mediterrânicas
Luís Ricardo Duarte, Jornal de Letras
Estranha-se o título, Macaco Infinito, mas o que está no interior do novo romance de Manuel Jorge Marmelo entranha-se. (...) Numa palavra: inesperado.
João Céu e Silva, Diário de Notícias
Deliciosa metáfora sobre a Europa que temos e o tempo que nos coube viver, o romance parte de uma ideia genial.
Valdemar Cruz, Expresso
Na atmosfera pesada de um prostíbulo, Manuel Jorge Marmelo reflete sobre o estado da Europa e os sortilégios da criação literária.
José Mário Silva, Expresso
Manuel Jorge Marmelo regressa com um romance sobre a escrita enquanto "sortilégio do acaso". O Macaco Infinito reflecte sobre o estatuto paradoxal do autor. Servo de um deus cruel, agrilhoado à tarefa de fazer sentido a partir de um aparente nada, o escritor é o macaco infinito do teorema. Um animal agarrado ao material da sua escrita, compelido por uma força que o transcende, mas que talvez emane de si próprio. Dêem-lhe o infinito, e será outro Shakespeare.
Hugo Pinto Santos, Público
Manuel Jorge Marmelo arquitectou novamente um microcosmos onde o leitor começa por ser lançado num espaço fechado (…). Uma narrativa que consegue colocar a engrenagem entre a realidade que nos chega todos os dias de forma difusa pelas notícias, as distâncias que divisamos como vagas ficções, menos pelo seu lado fabuloso do que pelo lado sórdido, e os modelos de opressão que dominam o tempo que vivemos. Este é um livro que fica a meio caminho entre a alegoria e uma distopia em ponto pequeno.
Diogo Vaz Pinto, i
Uma boa metáfora que nos obriga a ver de novo e a olhar para a realidade a partir de outro ponto de vista. Eis o exercício do novo romance de Manuel Jorge Marmelo, "Macaco Infinito", que transforma a Europa num bordel esconso e cercado por muros.»
Luís Ricardo Duarte, Visão
"O Tempo Morto É um Bom Lugar tem tanta ironia em relação ao nosso tempo como jogos literários e artifícios que permitem elevar tudo acima da mundanidade. […] Máscara por cima de máscara, até à terceira parte em que se desmonta tudo, Manuel Jorge Marmelo constrói um romance que dinamita a noção de verdade e que confirma: nem ele é um fantasma sem voz própria, nem o prémio atribuído nas Correntes d'Escritas foi uma aparição."
Ana Dias Ferreira, Time Out
"Romance de géneros, e da violentação deles, O Tempo Morto É Um Bom Lugar é duplamente uma autobiografia, sem nunca o ser: de Soraya, personagem assassinada e autobiografada não se sabe por quem; e, muito mais subterraneamente, do próprio Manuel Jorge Marmelo, enquanto ex-jornalista. Policial que exibe as pistas para, de seguida, as aniquilar, a junção de todas as suas entradas produz, sobretudo, caminho, e não chegada. Porque este livro interroga, não apresenta soluções."
Hugo Pinto Santos, Ípsilon, Público
"Mexendo os fios com mestria, Marmelo faz da coda melancólica do romance uma belíssima representação dos prodígios e ilusões da literatura. Se existir a verdade, como diz a dada altura uma das personagens, "pode muito bem ser uma coisa que não interessa a ninguém". E o mais certo é termos de nos resignar, queiramos ou não, ao facto de que "a realidade e a aparência das coisas às vezes se confundem de uma forma tão íntima que se torna impossível destrinçá-las"."
José Mário Silva, Atual, Expresso
"À componente realista, os últimos romances de Manuel Jorge Marmelo acrescentam a vertente de crítica e denúncia sociais, um pouco ao modo de Rui Zink. Neste sentido, atacando os atuais padrões culturais e políticos da sociedade portuguesa, os seus romances não são eticamente neutros nem culturalmente asséticos. Pelo contrário, não se tornando uma arma política, intentam, por via da sátira, da ironia, despertar a consciência crítica do leitor face à existência de uma sociedade profundamente desigual e injusta. Destinam-se, portanto, a contaminar a consciência do leitor do sentimento de revolta e, se possível, de sedição."
Miguel Real, Jornal de Letras
"A narração é, assim, encantatória (longos parágrafos, inúmeras pequenas histórias), mantendo-se sempre, porém, num campo de fidelidade ao real."
Miguel Real, Jornal de Letras
"Mestre do engano, artífice da ficção, encantador de leitores"
Pedro Miguel Silva, Deus Me Livro
"Cada personagem de O Tempo Morto É Um Bom Lugar tem o seu propósito. A teia tecida consegue explodir numa panóplia imensa de emoções e descrições imagéticas fortes, deixando a sua marca psicológica, qual tatuagem. (...) Estamos perante uma obra tão rica, tão cheia de possibilidades que é impossível ficarmos-lhe indiferentes."
Sofia Teixeira, Bran Morrighan
"Os livros de Marmelo funcionam num desdobramento constante. É o escritor que escreve sobre escritores que ponderam acerca dessa condição e da possibilidade de acederem à 'obra definitiva'".
Valter Hugo Mãe, Jornal de Letras
"Prevalece a corda bamba entre realidade e ficção."
Maria Espírito Santo, i
"O novo e excelente livro de Manuel Jorge Marmelo"
Maria João Caetano, Diário de Notícias
"Romance breve e exacto, com o apuro verbal, o acerto rítmico e o controlo
narrativo de uma epopeia dos pequenos."
Hugo Pinto Santos, Expresso
Um "livro que trabalha o mal e a exclusão com grande elegância".
Isabel Lucas, Ípsilon do Público
"E, página a página, a melancolia não impede uma gargalhada, a ironia, o bom uso do calão, quase a ternura - e perdoem se isto parecer demasiado lamechas porque isso este livro não é."
Isabel Lucas, Ípsilon do Público
"Num gesto que valida o título, o novo romance de Jorge Marmelo assegura que, se
o inferno são os outros, os outros somos nós todos. E isto não é moral de
pacote, é prosa a confirmar que a literatura, quando nos espelha os gestos e os
medos, costuma ser melhor companheira do pensar do que mil discursos bem
intencionados."
Sara Figueiredo Costa, Time Out
Mais informações no blogue umbocadociganos.blogspot.pt
"Um dos melhores [romances] publicados este ano por autores portugueses"
José Mário Silva, blogue Bibliotecário de Babel
"(...)existe neste texto um espantoso processo combustivo, uma espécie de volúpia incendiária que contamina mesmo alguns cenários e que consiste em recolher e misturar num crematório alquímico, toda a espécie de personagens que lhe passem ao alcance: as inventadas e as de carne e osso, que não abrem mão, estas, do real.."
Hélia Correia, no texto de apresentação do livro em Lisboa
"Um labirinto literário por onde os viajantes, com ou sem livro debaixo do braço, dificilmente conseguem sair".
Carlos Câmara Leme, Revista Ler
"A teia que Manuel Jorge Marmelo tece tem naturais contornos 'borgeanos' (...) provocando o diáfano manto que protege a realidade da ficção"
João Morales, revista Os Meus Livros
"O novo romance do MJM é talvez o seu melhor"
Valter Hugo Mãe, suplemento Q. do Diário de Notícias
"O livro é magistral"
Nuno Casimiro, blogue Dactilógrafo
"Uma Mentira Mil Vezes Repetida é um festim de labirintos narrativos que esconde, só pelo prazer de forçar a descoberta, as reflexões sobre o mundo que nenhum telejornal permite e que a literatura guarda como melhor espelho de todos nós"
Sara Figueiredo Costa, Time Out Lisboa
"Manuel Jorge Marmelo assume o pastiche desde a primeira página e com ele ergue uma narrativa poderosa onde os meandros meta-literários são, afinal, uma forma eficaz de pensar a intolerância".
Sara Figueiredo Costa, Time Out Lisboa
"O principal mérito de MJM está na forma como consegue manter a sensação de claustrofobia narrativa, sem deixar que o leitor se perca no caos de repetições, incongruências e "solavancos lógicos". Muito bem escrito, o livro oferece-nos pelo menos dois pastiches brilhantes: um de García Márquez (a cidade de Polvorosa, uma espécie de Macondo onde se produz cacau em vez de bananas); outro de Thomas Pynchon (a barafunda postal de Granada)."
José Mário Silva, Expresso
"A narrativa desenvolve-se a vários níveis que se entrecruzam com a agilidade de um jogo, o caos do absurdo e a zombaria da impossibilidade."
Helena Vasconcelos, Público
“É um livro, sim, sobre a perdição. Perdição entre outros livros, entre caminhos, colocando romances de outros autores em diálogo. Estão à espera de quê? Leiam”.
Francisco José Viegas, no blogue Origem dasEspécies
“A realidade e a ficção constituem a matéria da Literatura e o autor explora aqui a ideia dessa grande viagem que a leitura – e a escrita – nos proporcionam.”
Helena Vasconcelos, Storm Magazine
“Agora que publica ‘Aonde o Vento me Levar’, obra de difícil categorização, a dificuldade fica por conta do crítico. E porquê? Porque a simbiose entre realidade e ficção, ponto de partida da trama romanesca, pontuada como está por exercícios de leitura, obriga o texto a romper com os géneros tradicionais. (...) Não se quer com isto dizer que o novo livro de Manuel Jorge Marmelo não suscite interesse. A eventual estranheza reside na natureza ambígua do texto, oscilando entre o recorte ficcional e a ambição ensaística”.
Eduardo Pitta, no Ípsilon do jornal Público
“Este é e não é um livro de viagens. (...) Dos aerogramas de M. e das reacções do narrador nasce um diálogo quase surdo, mas cujo resultado é uma curiosa deambulação entre ficção e realidade e sobre a relação que a percepção estabelece com ambas. E essa é a viagem maior”
Sara Figueiredo Costa, Os Meus Livros
“Mais poesia do que ficção, por vezes crónica lírica, este livro compósito, fragmentário, inclassificável, (...) aposta na criação de uma atmosfera mágica”.
Urbano Tavares Rodrigues
“Uma das mais belas criações da lusofonia nos últimos anos, em que as personagens foram apenas pretextos para se produzir uma narrativa marcada pela intervenção do fenômeno poético, ritmada como uma canção, um hino de amor ao rio Douro”.
Adelto Gonçalves, no site triplov.org
“Uma história em que o protagonismo vai todo para as palavras”
Maria João Martins, Jornal de Letras
“Trata-se de obra extravagante, no som e no sentido, na bibliografia de Marmelo”
Mário Santos, Mil Folhas (Público)
“É um devaneio poético (dir-se-ia ‘rêverie’, se ainda se usasse o francês), uma digressão alegórica que pretende figurar o poder genésico da palavra e da escrita, uma flexão do tema do mundo como texto (ou como ‘sopa de letras’), do infinito livro-mundo e do seu ‘frémito primordial que é mãe dos livros todos’”.
Mário Santos, Mil Folhas (Público)
“O livro ‘Os Olhos do Homem que Chorava no Rio’ é um romance escrito a quatro mãos exímias: Manuel Jorge Marmelo e Ana Paula Tavares. É um livro de mistérios sobre o mistério das palavras. É impossível entrarmos nele sem que façamos, de imediato, parte dele. Ele aloja-nos na sua parte maior, a construção da nossa própria história. Um portento de originalidade. Um adejar de alma”.
Teresa Sá Couto
“As palavras fundem-se umas nas outras de tal maneira que parece que não só foram escritas pela mesma mão, mas todas de uma assentada”
Filipe d’Avilez, revista “Os Meus Livros”
“Fiéis ao lema pessoano de que a nossa pátria é a língua portuguesa, Ana Paula (Tavares) e Manuel Jorge (Marmelo) traçam-nos nesta obra vultos romanescos de meninas, tipógrafos e outros mistérios de aquém e além Atlântico, numa festa dos sentidos, ao som de flautas”.
J.H., “A Semana” (Cabo Verde)
“A escrita é complexa, mas refrescantemente despretensiosa. Pode ler-se com calma, interiorizando cada palavra, precisando, para isso, de voltar atrás e reler algumas passagens, ou pode simplesmente deixar-se levar. Neste caso, a sensação de estar a ler é rapidamente substituída pela sensação de estar a ouvir música: embala-nos, delicia-nos e parece que dói ter que parar”.
Filipe d’Avilez, revista “Os Meus Livros”
“Uma das criações mais belas da ficção portuguesa”
Vítor Quelhas, “Expresso”
“Da leitura, fica-nos o rumor da língua, a musicalidade das palavras, as águas de babel, o fluir descontínuo do silêncio e da poesia”.
Carmen Lucia Tindó Ribeiro Secco e Edna Maria dos Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro
“O texto é de rara beleza, quase mágica. O fio narrativo é encantatório”
Vítor Quelhas, “Expresso”
“O ritmo melódico possui ressonâncias ancestrais, através das quais sempre se narraram de viva voz os mitos e as sagas”.
Vítor Quelhas, “Expresso”
“Um irónico divertimento, um daqueles livros de que se costuma dizer, e com razão, que se lêem de um só fôlego”.
Mário Santos, Mil Folhas (Público)
"Pessoa aparece na companhia dos seus heterónimos (que assistem à sua morte)
e de uma lista impressionante de outras personagens que transformam 'Os
Fantasmas de Pessoa' num pequeno delírio".
Francisco José Viegas, Grande Reportagem
"Jorge Marmelo escreve muito bem. É um dos escritores portugueses que mais
se divertem com a sua condição de autor. 'Os Fantasmas de Pessoa' prova que
o talento e o divertimento rimam muito, muito bem".
idem
"Mais do que relembrar os diversos interesses esotéricos pessoanos, Marmelo
aproxima os heterónimos das múltiplas identidades assumidas por Crawley e
outras figuras, fazendo da heteronímia um fenómeno entre o paranormal e o
psiquiátrico".
Pedro Mexia, Diário de Notícias
"'Os Fantasmas de Pessoa' apresenta uma escrita desenvolta e elegante,
polvilhada de citações de Pessoa sem ser pedante, e sempre divertida".
Idem
"O que faz o interesse desta ficção é o prazer da narrativa — e, por
conseguinte, da leitura — menos do que os seus temas e substância. Aliás,
Marmelo nunca apostou particularmente na profundidade, sendo sobretudo um
grande autor de entertainments (o que não tem nada de mal, ou não fosse esse
o nome que Graham Greene dava a alguns dos seus romances)"
Idem
"Os que acudiron algunha vez a un congreso de escritores descubriranse nun
ou noutro bando, tal e como a posteriori se sitúa o autor. O que a moitos
creadores se nos escapou foi crear unha novela a partir desta curiosa idea.
Nalgún momento alguén proclama que o asasinato sería o mellor soporte
publicitario para un romance e o autor do manuscrito disponse a acadar a
sona a partir de arrincar a vida a outros. Non me digades que non é
brillante e, o mellor de todo, irlle poñendo caras ás persoas que sabemos
poderían asasinar, como o autor ficcional, por conseguir que os seus libros
estean nos primeiros postos da FNAC en Portugal ou de El Corte Inglés en
Galicia. Verdadeiramente divertido e sempre maligno, unha verdadeira mostra
do humor acedo e sarcástico de Marmelo".
Rosa Aneiros, www.culturagalega.org
“Manuel Jorge Marmelo (...) tem vindo a conquistar o público e o respeito da
crítica pela solidez e originalidade da sua ficção. ‘Os Fantasmas de
Pessoa’, seu último romance, conduz os leitores pelos recantos obscuros e
quase insondáveis da vida do poeta, e, embora alguns desses cantinhos tenham
sido objecto de ensaio, nunca tinham seduzido tão apaixonadamente o
imaginário literário como aconteceu com M.J. Marmelo. Utilizando uma
narrativa bastante eficaz, (...) cria uma história marcada pelo crime, muito
bem urdida”.
Vítor Quelhas, Expresso
"Seria um outro tipo de crime revelar o desfecho de um livro de suspense.
Resta torcer, portanto, que a Companhia das Letras publique por aqui
essa intrincada e envolvente versão lusitana de 'Literatura ou Morte'".
Manuel Costa Pinto, Folha de S. Paulo (Brasil)
“Dir-se-ia que o autor acolhe a grande máquina de sonhos pessoana e recolhe o seu imaginário à beira de perder-se”.
Maria de Lourdes Soares, in SOLETRAS (Revista do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
“Jorge Marmelo, através da máscara do seu novelista, vê e dá ver claramente o poeta múltiplo, vivo, pura potência de escrita, decerto conforme o fingidor gostaria de ser visto”.
Idem